Estado | Paraná |
Região | Sudoeste |
Gentílico | Esperancense do Iguaçu |
Área | 151,79 km² |
Altitude | 521 m |
População 2022 | 2.455 |
IDH | 0,700 |
A infestação das lavouras pela cigarrinha do milho, que atinge 70% das lavouras do Sudoeste, foi tema de um seminário realizado pela Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) e Associação das Câmaras Municipais do Sudoeste do Paraná (Acamsop), nesta sexta-feira, 30/04.
Pelo Município
de Boa Esperança do Iguaçu, participaram o Secretário de Agricultura Tiago
Michels e o Presidente da Câmara o Vereador Tiago Dreves. Parte da equipe
técnica do Município e produtores acompanharam o evento transmitido pelas redes
sociais, em virtude da limitação de participantes no local.
No início do
encontro, o Secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto
Ortigara, fez um pronunciamento, de forma remota, e anunciou que foi
constituído um grupo de trabalho no Governo do Estado, “com profissionais muito
gabaritados, para construir o melhor protocolo de enfrentamento à cigarrinha do
milho”. O Secretário afirmou, também, que “o sucesso da produção de milho,
derivados e proteína animal no Paraná depende muito desse enfrentamento”.
Para o Presidente
da Comissão de Agricultura e Meio Ambiente da Amsop e Prefeito de Vitorino,
Marciano Vottri – que representou o presidente da Amsop, Prefeito Nilson
Feversani (Bom Sucesso do Sul), esse debate teve o objetivo de revelar um novo
desafio no sistema de produção do milho, que é o combate à cigarrinha. “Sabemos
da importância que o agro representa para o Sudoeste, e o milho é a base
primária para outras cadeias de produção, a exemplo do leite”, relatou Vottri.
A iniciativa do
seminário partiu da Acamsop e Amsop, após vereadores de Bom Jesus do Sul
relatarem casos de cigarrinha do milho em lavouras do Município. Recentemente,
houve, ainda, uma reunião do presidente da Comissão de Agricultura e Meio
Ambiente da Amsop com os Chefes dos Núcleos da Secretaria da Agricultura e
Abastecimento do Paraná (Seab) de Francisco Beltrão, Pato Branco e Dois
Vizinhos, para tratar do assunto. “É dever da Acamsop buscar enfrentamentos aos
problemas comuns da nossa região, e antever possíveis prejuízos a economia dos
nossos municípios, que é fundamentalmente agrícola”, declarou o presidente da
Acamsop e vereador de Itapejara do Oeste, Marcus Braz.
De acordo com o
diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir
Cesar Martins, foi constatada a presença da cigarrinha do milho em 70% das
amostras de lavouras do Sudoeste analisadas pelo órgão. O diretor-presidente da
Adapar também estimulou os municípios para a criação dos Conselhos de Sanidade
Agropecuária, que, juntamente com um colegiado estadual, coordena ações que
visem à melhor qualidade, produtividade e rentabilidade da produção
agropecuária.
Segundo dados do
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), o milho 2ª safra
(safrinha) é, atualmente, a principal safra de milho do estado, com 2,4 milhões
de hectares cultivados. No Sudoeste, a queda na produção por conta da
cigarrinha do milho foi de 22% (no Paraná, a redução foi de 14%). Já no
rendimento, a retração foi de 30% (o dobro do Paraná, que registrou queda de
15%). O IDR-Paraná aponta, ainda, que a cigarrinha do milho chegou às lavouras
do Sudoeste na safra 2020/2021, e que, por conta disso, o uso de inseticidas
pelos produtores dobrou nesta safra.
“A hipótese mais
provável para a chegada da cigarrinha do milho ao Sudoeste é a conjunção de
fatores, como o clima, a irregularidade de chuvas provocada pelo fenômeno La
Ninã, e a chamada ponte verde, que é o cultivo de lavouras em sequência, como o
milho 1ª safra e o milho safrinha (2ª safra)”, declarou o coordenador estadual do
Programa Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai. Ele acrescentou que
não existe uma forma de erradicar essa praga nas lavouras, mas existem ações
para evitar os danos e perdas causados, como a eliminação do milho tiguera
(restos de grãos e espigas que permanecem na superfície após a colheita),
tentar evitar a ponte verde e a utilização de cultivares de milho tolerantes a
cigarrinha, ou seja, um milho melhorado, com mais resistência.
A cigarrinha do
milho se alimenta da seiva de uma planta de milho doente e adquire as bactérias
que estão presentes nesta planta. Com isso, esses micróbios se multiplicam nos
tecidos da cigarrinha do milho e infectam suas glândulas salivares durante um
período de 3 a 4 semanas. E são essas cigarrinhas portadoras de bactérias é que
contaminam as lavouras.
Dois técnicos do
IDR-Paraná também ministraram palestras no seminário, Rodolfo Bianco e Michele
Lopes da Silva. O encontro teve o apoio da Secretaria da Agricultura e
Abastecimento do Paraná (Seab), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná
(IDR-Paraná), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Associação dos Secretários Municipais
da Agricultura do Sudoeste do Paraná (ASSEMA).
Assessoria de Comunicação, Com Informações de Guilherme Del Zotto / Assessoria
Site da AMSOP na Internet: https://amsop.com.br/homeEstado | Paraná |
Região | Sudoeste |
Gentílico | Esperancense do Iguaçu |
Área | 151,79 km² |
Altitude | 521 m |
População 2022 | 2.455 |
IDH | 0,700 |