Nas comemorações de Bodas de Ouro do Município de Dois Vizinhos pioneiros e pioneiras de Boa Esperança do Iguaçu foram homenageados pela contribuição na construção e desenvolvimento de Dois Vizinhos, Boa Esperança do Iguaçu e região.

Entre os homenageados estão Antonio Raimundo de Souza seu Patrão que faleceu logo depois da homenagem em 02 de março de 2012, ainda Leonildo e Elvira Maria Biavatti, Antonio da Silva Duarte e a Esposa Lídia Possato Duarte, Maria Martins Vachin e Maria José de Ramos.

O Histórico de cada homenageado esta no site da Prefeitura de Boa Esperança do Iguaçu na internet, bem como as fotos estão no www.boaesperancadoiguacu.pr.gov.br .

Ademir Ribeiro / Assessor


HISTÓRICO de Antonio Raimundo de Souza (Seu Patrão) de Boa Esperança do Iguaçu (in memorian)

Antonio Raimundo de Souza (Seu Patrão como é conhecido por todos, até bem mais conhecido que pelo próprio nome), Nascido no dia 17 de setembro de 1917 é filho de Raimundo Inácio de Souza e de Feliriana Marisa do Espírito Santo.

Vindo de São Francisco de Paula do Rio Grande do Sul por volta do ano de 1951.

Seu Patrão tem 11 irmãos, 05 filhos, 24 netos, 26 bisnetos e 06 tataranetos.

Conta ele que vieram do Rio Grande do Sul até Santa Catarina de Charrete, de Santa Catarina ate onde hoje é o Município de Verê de carroça, chegando aqui em Dois Vizinhos não havia estradas, era só mato diz ele. Havia Muitas conversas que Aqui na cidade onde hoje é Boa Esperança do Iguaçu tinha muito mel, então o Seu Patrão veio em busca do mel, ficaram uma semana e não conseguiram colher nada ou falta de sorte ou esse era mais um “causo” da época. Ele conta que se Alimentavam de produtos da agricultura e o governo ajudava com alguns alimentos na época.

Antonio Raimundo de Souza tinha como sustento seu e de sua família, o trabalho de cesteiro, fazia cestos pra família e pra vizinhança toda, era sapateiro, pedreiro, açucareiro também sabia fazer gamelas e vendia para ganhar algum dinheiro.

Seu patrão hoje é viúvo há algum tempo, continua residindo em Linha Begnini não muito distante da cidade de Boa Esperança e aos 84 anos caminha diariamente alguns quilômetros até a cidade onde costuma com um grupo de amigos jogar baralho e gostava de jogar bocha hoje a coluna já não lhe permite esse esporte. As vezes também já não volta mais a pé pra casa um amigo ou alguém lhe leva em casa, mas a vinda do piadista a cidade todos os dias é sagrada se não vier algo esta errado, relatam os amigos do carteado.

Após a Homenagem seu patrão faleceu em 02 de março de 2012 vítima de acidente automobilístico na saída da cidade de Boa Esperança do Iguaçu no sentido de Nova Prata do Iguaçu quando voltava para casa de carona no final da tarde.



HISTÓRICO de Leonildo Biavati e Esposa Elvira Maria Bondan Biavatti de Boa Esperança do Iguaçu

Leonildo Biavati, nascido aos 23 dias do mês de junho do ano 1934 na cidade de Maximiliano de Almeida, RS. Filho do casal Pedro Atílio Biavatti e Genoveva Colla. Tem 11 irmãos (4 in memorian). Leonildo é o terceiro filho do casal e estudou somente por 02 anos pois seu pai dizia que o estudo não era necessário.

Elvira Maria Bondan, nascida aos 26 dias do mês de abril do ano de 1937 na cidade de Farroupilha, RS. Filha do casal Albino Bondan e Appolonia Froes. Tem 9 irmãos (1 in memorian). Elvira é a quarta filha do casal e freqüentou a escola por somente 10 meses, pois sua família era muito humilde e precisava ajudar no trabalho.

Leonildo e Elvira se conheceram na cidade de Maximiliano de Almeida, RS, após algum tempo casaram-se, mas continuaram residindo com os pais de Leonildo e lá tiveram 02 filhos.

No ano de 1954 o casal veio residir no Estado do Paraná, onde o Sr Pedro, pai de Leonildo havia comprado um sítio. Na época, Dois Vizinhos pertencia ao município de Francisco Beltrão, lembrado também por “Mareca”. No Paraná nasceram os outros 10 filhos, formando então uma família constituída por 12 filhos (1 in memorian) e 25 netos (1 in memorian). Aqui dedicaram-se a trabalhar na agricultura convencional e também com um diferencial que era a produção de vinho para consumo próprio da família e amigos e até pra pequena comercialização “eta vinhozinho bão tche”.

Após alguns anos Dois Vizinhos foi desmembrado de Francisco Beltrão e o casal ajudou a fundar a Igreja Matriz Santo Antônio, Rádio Educadora, Sindicatos e Cooperativas, construção de estradas entre outros.

Em 1990 novamente o casal contribuiu na criação e emancipação do Município de Boa Esperança do Iguaçu, onde residem. Aqui também colaboraram na fundação de Cooperativas, Escola, Esporte como o casal diz “Ajudamos a construir um pouco de tudo”.

As dificuldades naquela época eram muitas, o casal lembra que para ir ao médico tinham que ir de mulas e carroças, faltava tudo, estradas, comércio entre várias outras coisas.

A Srª Elvira tinha um sonho de participar na política do município, incentivada pelo esposo e filhos, elegeu-se vereadora no ano de 2005, atuando na Câmara Municipal sendo a mulher eleita com maior idade, título que é lembrado pela mesma com orgulho.

Seu Biavatti ainda dá expediente com um grupo de amigos no Supermercado Prodocimo hoje bem menos em virtude de alguns probleminhas de saúde mas... continua na ativa e na “bodega”.

Leonildo e Elvira marcam e marcam aqui uma história de grandes conquistas, muitos foram os desafios, mas hoje olhando para traz tem a certeza de que tudo valeu a pena. Ensinaram seus filhos a trabalharem e serem honestos, ensinamentos que hoje passam também aos netos.



HISTÓRICO de Antonio da Silva Duarte de Boa Esperança do Iguaçu

Em junho de 1958, chegou em Boa Esperança do Iguaçu, na época denominada Rio Mico o Sr. Antonio da Silva Duarte, Junto com ele Mais 5 pessoas da família também vieram de Orleans no Estado de Santa Catarina.

Para Chegar Até Boa Esperança o Sr. Antonio e sua família, foram transportados de caminhão. Naquela época até então Rio Micos era uma vila pequena, constituída por oito famílias, que contavam com dois comércios e que comercializavam apenas produtos essenciais para a época chamados de secos e molhados, os donos dos comércios eram os Senhores Antonio Rafael da Silva e Arlindo Azevedo, comercializavam desde remédios, ferramentas, compra e venda de alimentos e também tecidos.

Quando alguém não estava em boas condições de saúde recorriam as farmácias. Na então Vila Rio Micos tinha uma escola de madeira sendo que a professora que lecionava na época chamava-se Luiza da Silva.

O Senhor Antonio Rafael doou a primeira imagem, sendo ela Nossa Senhora Aparecida por serem os que aqui residiam muito devotos dela e posteriormente vindo ser Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Nosso Município. No lugar ocorriam diversas festas dentre elas festas religiosas, casamentos festas esportivas que para a época era acontecimentos.

Seu Antonio da Silva Duarte seu Nico como é conhecido pela família, pelos amigos e por praticamente toda a população Boa-esperancense é casado com Dona Lídia Possato Duarte e foi Vice Prefeito de Boa Esperança do Iguaçu na 1ª Legislatura de 1993 na fundação do Município até 1996 ao lado do então prefeito já falecido Zelino Thomazi.

Produtor Rural, do Comércio ele é o Dono do Posto Ipiranga já por pelo menos 40 anos onde todos os dias o mesmo esta trabalhando, hoje ao lado de filhos e netos que o auxiliam nas atividades.




HISTÓRICO de Maria Martins Vachin de Boa Esperança do Iguaçu

No dia 22 de Junho de 1952, chegava em Boa Esperança do Iguaçu a Sra. Maria Martins. A mesma veio de Santa Catarina, junto com trinta e seis pessoas, dentre essas haviam seus pais, irmãos, tios, primos e avós.

Ela e sua família vieram de Dois Vizinhos a pé levando assim mais de uma semana para chegar onde hoje é Boa Esperança do Iguaçu.

Na localidade haviam dois moradores e uma capela. Naquela época utilizava-se a capela para os terços domingueiros e aula. A mesma era no local onde hoje é a Igreja da Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Boa Esperança do Iguaçu, a capela era de madeira construída por famílias da comunidade.

Dona Maria Martins Vachin foi indicada pelo Sr. Antonio Rafael da Silva para lecionar, sendo naquela época a 1ª Professora da localidade.

Dona Maria é mãe de um filho e de 06 filhas, que lhe deram 15 netos e até já 06 bisnetos e atualmente reside na cidade de Dois Vizinhos.




HISTÓRICO de Maria José de Ramos de Boa Esperança do Iguaçu

Nascida no dia 18 de maio de 1927, na cidade de Campo Belo do Sul – Santa Catarina, casou-se com José Raimundo de Souza no dia 10 de fevereiro de 1945 no Cartório de Cerro Negro.

No ano seguinte mudou-se para a localidade onde hoje é o Município de Verê no Estado do Paraná, com seu esposo e seu primeiro filho João Pedro de Souza. Residiram mais 14 anos nesta mesma localidade / cidade onde tiveram 7 filhas, sendo elas: Jurema de Souza, Helena de Souza, Maria de Souza, Terezinha de Souza, Lúcia de Souza, Cecília de Souza e Neuza de Souza.

Nesta época enfrentou a revolução dos posseiros 1957 junto com a família, vizinhos e amigos.

No ano de 1961 mudou-se para Dois Vizinhos, no Distrito de Boa Esperança do Iguaçu, onde teve o restante de seus filhos que são eles: Cláudio de Souza, Neri de Souza, Claudete de Souza, Luiz Carlos Souza, Nereu de Souza, Sergio de Souza e Erni de Souza.

No dia 06 de junho de 1983 perdeu seu esposo, ficando viúva com três filhos menores.

Dona Maria José de Ramos reside até hoje na propriedade adquirida na linha Lajeado dos Porcos e constituiu uma grande família sendo 15 filhos, 51 netos, 66 bisnetos e 4 tataranetos.

As lembranças de uma vida dura são recompensadas pela satisfação e o sorriso de Dona Maria ao lembrar das dificuldades para vencer na vida e contribuir para o desenvolvimento da região, hoje aos 84 anos vida feliz pela vitória de ter uma grande família constituída. Se admira e se depara com as grandes mudanças ocorridas de sua época de jovem para os tempos atuais, e nunca deixa de lembrar e dar o respeito aos pioneiros e pioneiras pelo sua importância para o desenvolvimento de nossa região. Hoje ela passa os seus dias na companhia na neta Aline que a exemplo dos demais da família a cuida e em certos momentos na maioria do tempo ao seu lado se diverte com a alegria e animação que tem juntamente com a vó Maria.